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Por Talita Santos.

Quadribol em campo

Provavelmente você já ouviu falar de Harry Potter, mas sabia que a história do bruxo adolescente também inspirou uma modalidade de esporte?

Aros usados para as partidas de quadribol. (Crédito: Talita Santos).

A saga Harry Potter (HP) fez parte de uma geração de jovens e adolescentes. Mais do que a história de um garoto órfão que descobre ser bruxo, entra em uma escola de magia e mostra valores como amizade e amor, o filme deixou um interesse grande dos fãs sobre o quadribol, um jogo que aparece várias vezes durante a trama.

O esporte surgiu no Brasil em 2012, com o time Rio Ravens, do Rio de Janeiro. ‘’É jogado tanto por pessoas que assistiram HP, quanto por pessoas que não assistiram; outros primeiro conhecem o quadribol e só depois se interessam pelo filme’’, diz Adriano Félix, estudante de História, 22 anos, fã da obra.

A estudante de direito, Maitê D’Amato, 20 anos, fala como e quando foi seu contato inicial com o esporte. ''Conheci com o primeiro filme de Harry Potter, no ano de 2001. Depois vi um documentário no Netflix sobre o quadribol da ‘’vida real’’, em 2015''. Já Flávia Botelho, diz: ''sempre gostei de Harry Potter, mas nunca imaginei que existisse quadribol de trouxas (pessoas que não tem magia, não são bruxos), então quis participar quando soube que existia''.

Tipos de bolas utilizadas no quadribol. (Crédito: Talita Santos).

Segundo Félix, o quadribol é um jogo bem democrático, pois não importa qual a idade, peso ou gênero da pessoa, todo mundo consegue descobrir sua função dentro do jogo. Os equipamentos utilizados são as vassouras, os aros e os diferentes tipos de bola, como os balaços, a goles e o pomo de ouro. Para jogar, é necessário que os jogadores estejam divididos entre batedor, apanhador, goleiro, artilheiro e um jogador, geralmente vestido de amarelo ou dourado, representando o pomo de ouro.

O jogo consiste nos artilheiros fazerem pontos toda vez que conseguirem passar a goles pelos aros do oponentes, já os goleiros devem impedir que isto aconteça. Os batedores têm a função de acertar os adversários com os balaços, quando isto acontece, o jogador acertado deverá voltar ao lugar de inicio do jogo. O apanhador, por sua vez, deve tentar capturar o pomo de ouro. Lembrando que tudo isto acontece com os jogadores segurando vassouras entre as pernas, para parecer o mais próximo da realidade de HP.

O esporte vem se tornando muito popular e algumas instituições estudam colocá-lo como atividade acadêmica. ‘’Conseguimos montar times muito bons na Faculdade Pontifícia do Paraná (PUC-PR)’’, conta Adriano Félix. O quadribol se transformou em um esporte graças aos fãs, que gostaram dessa modalidade diferente. O jogo tem características que lembram pega-pega, queimada e handebol.

Os Smoking Snakes

É um time curitibano de quadribol, formado no final de 2015. Os Smoking Snakes já contam com 16 membros na equipe, sendo que a integrante mais nova tem 13 anos e o mais velho 49 anos, reforçando que o esporte pode ser praticado por todos.''Fiquei sabendo do time através de um grupo do wpp, onde o Félix (treinador), teve a brilhante ideia de montar um time de quadribol; me interessei na hora'', conta Flávia Botelho, artilheira da equipe.

Em maio de 2016, o time participou do evento Shinobi Spirit. ''Foi feito uma apresentação sobre o quadribol e sobre o nosso time'', diz Flávia. Durante este evento, que ocorreu em Curitiba, participaram equipes de várias outras cidades que celebraram a estreia da Confederação Brasileira de Quadribol (CBQ).

O treinador da equipe, Adriano Félix, conta que o nome do time é inspirado em um acontecimento do final da 2ª Guerra Mundial, onde a mídia frequentemente falava que é “mais fácil uma cobra fumar do que brasileiros irem à guerra”. A história fala ainda de três soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que não se renderam a um batalhão alemão com mais de 50 soldados, lutando até a morte. ‘’Achamos um significado tão forte nisso, de lutar até o final e não desistir, que se tornou o nome do time’’.

Integrantes do Smoking Snakes. Adriano Felix (treinador); Erison Soares (batedor); Flávia Botelho (artilheira); Maitê D’Amato (artilheira); Maria Vitória (artilheira); Marina Corrêa (artilheira) e Milena Leal (batedora). (Crédito: Talita Santos)

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