Com o surgimento de tratamentos, a fobia tende a ser controlada, facilitando a vida social das pessoas
Representação de uma pessoa que sofre de fobia. (Crédito: Isabelle Louise Cechinato)
A fobia pode ser explicada como um sentimento exagerado de medo por algo ou alguém. Esse problema afeta toda a sociedade, levando os indivíduos ao terror extremo. Pessoas que sofrem esse mal chegam a se afastar de pessoas bem próximas.
Algumas adquirem a fobia quando criança e o mal se estende até a fase adulta. O psicólogo e parapsicólogo Pedro Cesário relata que há diversas fobias espalhadas e a cada dez pessoas nove tem fobia.
A mais comum é a fobia social, que também e conhecida como tipo de transtorno de ansiedade. Manifestações da fobia podem variar como escrever na frente dos outros, falar em público, comer em locais públicos, entrar em lugares cheios, fazer uma entrevista de emprego, etc.
Silvia de Souza, 22 anos, sofre de harpaxofobia, que é o medo de ser assaltada. Ela relatou que há cinco anos ela estava saindo do trabalho em direção ao ponto de ônibus quando foi assaltada.
Na ocasião, Silvia entrou em pânico, porque nunca tinha sido assaltada antes. Ficou sem reação, muito nervosa, ao ouvir as ameças do bandido. “Nossa, meu coração ficou muito acelerado, estava ficando sem ar... o bandido portava um revólver; entreguei a minha bolsa e ele saiu correndo. Depois, fui assaltada novamente e nunca mais conseguir andar na rua sozinha", desabafa. Silvia sempre precisa estar acompanhada de alguém, pois tem a sensação que todos podem assaltá-la.
Camila Carvalho, 23 anos, tem mictofobia, que é medo do escuro. Quando criança, sempre pedia para a mãe deixar a luz acesa porque o irmão falava que existia um mostro, que poderia vir pegá-la. A mãe entendia que, por ser criança na época, isso era normal. Contudo, a brincadeira a deixa apavorada, até hoje e ela não consegue dormir com a luz apagada.
Esta fobia, como outras, causa constrangimentos. Camila, por exemplo, nunca dormiu na casa de ninguém por receio de ter que dormir no escuro. O namorado dela precisou se adaptar ao hábito para não criar pânico.
Saiba como tratar a fobia
A fobia é um problema deve ser acompanhado por profissionais que estudam a mente, como psicólogos e psiquiatras, que indicam sessões e também usos de medicamentos para ansiedade. Há pessoas que dizem que fobia é como se fosse modismo, no entanto, algumas pessoas realmente entram em pânico e ficam descontroladas.
O psicólogo Pedro Cesário afirma que há várias pessoas que não falam sobre seus medos porque sofrem discriminações - há quem ache que é algo inventando para chamar atenção, por exemplo. Cesário afirma que as pessoas o procuram para desabafar. Muitas sofrem desde a infância e carregam consigo esse fardo, bastante desgastante no cotidiano.
Pedro Cesário analisa que, no caso de Silvia, a fobia estava guardada até o momento em que ela foi assaltada, como se fosse algo que saiu dela, deixando-a vulnerável a acontecimentos.
“É, na realidade, uma ansiedade que permanece com ela. Todo esse medo de sair e ser assaltada é algo que tanto ela como outras pessoas criam na mente; somos seres que tudo sai da nossa mente", reflete.
O psicólogo afirma ainda que, no caso da Camila, é algo mais profundo, já que surgiu na infância e permaneceu na vida adulta. Ele sugere mais sessões com um psicólogo ou psiquiatra.
Veja o significado de certas fobias:
(Crédito: Fernanda Barbosa)