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Cresce o número de hipertensos com excesso de peso no Rio Grande do Sul

Kauã de Freitas

A obesidade pode ser determinante para a hipertensão. A alimentação saudável e a atividade física são aliadas para prevenção e controle, apontam especialistas.




Monitor de pressão arterial e medicamentos para controle de Hipertensão. Crédito: Letícia Reinke Zwirtes
Monitor de pressão arterial e medicamentos para controle de Hipertensão. Crédito: Letícia Reinke Zwirtes

O número de pessoas com hipertensão no Rio Grande do Sul tem levantado o sinal de alerta entre especialistas. A taxa de prevalência na população gaúcha, segundo dados do SUS, é de 30%, percentual maior que a média de 27% brasileira. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a hipertensão, mais conhecida como pressão alta, passa a ser considerada quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. Um levantamento no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos do Rio Grande do Sul, relacionado pela Macrorregião de Saúde, aponta que foram cadastrados 7.145 novos hipertensos com sobrepeso no período de abril de 2012 a abril de 2013, do total de 17.149 cadastrados.


Segundo pesquisa realizada em dezembro de 2015 pelo Sistema de Informação de Atenção Básica de acordo com as macrorregiões do Rio Grande do Sul apresenta um total de 85.549 hipertensos sob acompanhamento.



A hipertensão apresenta entre os sintomas, náuseas, dormência nos braços e tonturas. O controle pode se dar a partir de uma mudança de hábito, como o realizado por Elsi Marques da Rosa, de 63 anos. "Descobri que tinha hipertensão através de uma consulta médica. Comecei a inclusão do tratamento medicamentoso, junto com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, que é eficaz no controle dos níveis glicêmicos, redução dos níveis de colesterol e do excesso de peso. Nesse sentido pude controlar a pressão arterial e levar uma vida normal”, relata.



Crédito: Elsi Marques da Rosa
Crédito: Elsi Marques da Rosa

O aumento da hipertensão na população pode estar acompanhada ao crescimento do número de pessoas obesas ou com excesso de peso. Segundo o IBGE, o percentual de pessoas de 18 anos ou mais com excesso de peso ou obesidade no Brasil passou de 20,8% em 2013 para 25,9% em 2019. Ivete Kuhn, professora de educação física há mais de 15 anos, disse que em média na sua academia, em torno de 35% dos alunos estão acima do peso ideal ou que apresentam casos de hipertensão. "Se os exercícios físicos são praticados regularmente os resultados podem ser animadores, pois a gordura corporal tende a diminuir e aumentar a quantidade de massa muscular, auxiliando inclusive no controle e prevenção de problemas de saúde”.


Crédito: Ivete Kuhn


Para Mirelli Papalia, nutricionista. A obesidade e a hipertensão arterial são patologias que estão profundamente ligadas e que possuem fatores de risco em comum, como o sedentarismo e o consumo de alimentos hipercalóricos, que são doenças associadas a prevenção da obesidade e da hipertensão.  “O ideal é que 80% da nossa alimentação seja natural, isso é, alimentos que se encontram na natureza: frutas, verduras, carnes, ovos, leite e derivados magros e grãos. "


É importante que os esses pacientes tenham uma alimentação saudável e equilibrada, buscando principalmente reduzir o consumo de alimentos com excesso de calorias e ricos em sódio. A obesidade excessiva é um fator de risco para a hipertensão arterial, sendo responsável por 20 a 30% dos casos de pressão alta.


Alimentos com grandes quantidades de sódio. Crédito: Letícia Reinke Zwirtes.
Alimentos com grandes quantidades de sódio. Crédito: Letícia Reinke Zwirtes.

Cuidar da alimentação, fazer exames de rotina, consultas médicas e praticar atividades físicas são fundamentais para a prevenção de vários problemas de saúde, entre eles a hipertensão.


Como reduzir o consumo de sódio na alimentação?


Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), a declaração do teor de sódio em todos os alimentos é obrigatória. Essa informação aparece na tabela nutricional, em miligramas (mg) por porção de alimento e com a porcentagem que o consumo dessa porção de produto equivale ao valor diário recomendado.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o ideal é consumirmos 2 gramas de sódio e não menos do que 500mg diariamente. Um caminho para reduzir o consumo de sódio na alimentação é evitar o consumo de alimentos industrializados como: salgadinhos de pacote, temperos prontos, miojos, embutidos, entre outros.


A dica é ficar atento aos rótulos dos alimentos e ter uma alimentação mais próxima do natural possível, de preferência baseada em frutas, verduras, legumes, comida caseira e de verdade.




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