De acordo com pesquisas, o vilão dos brasileiros são as dívidas dos cartões de crédito. Imagem: Alan de la Cruz por Pixabay.
Com a pandemia ultrapassando a marca de mais de ano, diversos setores continuam afetados e outros ainda passam por adaptação. A área econômica, foi uma das mais afetadas. Após o começo da quarentena no Brasil e com a vacinação ainda em ritmo lento, a polêmica ainda se resume em um “abre e fecha” que é ruim para todos os setores.
A Entreverbos mostrou em outra reportagem que um terço dos aposentados acima de 60 anos ainda trabalha. Uma evidência de que a situação da camada economicamente ativa da população é muito preocupante.
No Brasil, o número de famílias endividadas alcançou um recorde histórico no mês de abril deste ano. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) apontam que o percentual de brasileiros com dívidas chegou a 67,5% no mês, alta de 0,2 ponto percentual em relação a março de 2021 e de 0,9 ponto percentual em relação a abril de 2020.
Famílias paranaenses endividadas
A mesma pesquisa revela que no estado do Paraná, 9 em cada 10 famílias estão endividadas. O resultado mostra que 89,2% dos paranaenses estão sofrendo com as dívidas. Este também é o pior índice de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. Em um levantamento da CNC e da Fecomércio PR, o principal fator das dívidas dos paranaenses é o cartão de crédito.
O comerciante
Em meio a essa crise, o comerciante autônomo Douglas Vinicius, fala das dificuldades para ficar longe das dívidas, e ainda manter o capital do comércio girando para conseguir pagar as contas.
Douglas realizando um balanço mensal do seu comércio. Foto: Eduardo Igor.
Segundo o autônomo, a saída foi vender online e com o auxílio das redes sociais, como o Instagram e Whatsapp. “Foi preciso se reinventar... para mim, que trabalho com loja de roupas, por exemplo, tive que adaptar um novo esquema de vendas que eu não estava preparado”. Ele ainda chama atenção para a venda ''fiado'', que é a venda baseada no crédito. “Eles sempre falam: Quanto mais vezes melhor. Sem contar que aumentou muito o número de pessoas que pedem fiado.”
O autônomo reforça que os clientes mudaram sim de comportamento, assim como foi observado nas pesquisas. A preferência dos clientes passou a ser o cartão de crédito. Para ele, o sentimento é de esperança para o futuro, e espera que a situação melhore para todos.
Edição: Paulo Pessôa Neto
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