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Revista EntreVerbos

DESENVOLVIMENTO LOCAL: pequenos municípios, grandes empresas

As acanhadas empresas, em discretos municípios, tornaram-se tão grandiosas a ponto de levarem o Extremo Oeste além das fronteiras do país

Por Aline Reinheimer


Conhecida pelo seu perfil diversificado, agricultura sólida, baseada em minifúndios rurais, a região Extremo Oeste Catarinense divide também, espaço na economia com um parque industrial atuante. É formada por pequenos municípios e uma população de aproximadamente 260 mil habitantes, esparsas em 34 municípios, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Importante ressaltar, que, quando se diz, pequenos municípios, trata-se de território geográfico e populacional.

 

Embora ‘pequenos’, muitos dos municípios abrangem indústrias de grande porte e, segundo o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, um dos grandes diferenciais da indústria catarinense é sua diversificação pelo modelo descentralizado. “Temos um diferencial em relação ao restante do país. Isso ficou demonstrado num passado recente, quando crescemos praticamente quatro vezes mais que o crescimento brasileiro”, declara o presidente. Aponta ainda que, Santa Catarina com 1,1% do território nacional é a sexta economia do país.


Exemplos positivos influenciam novos empreendedores, e muitos são de empresas que começaram pequenas e que estão em pequenos municípios

 

Todos os dias, histórias de empreendedorismo e exemplos positivos influenciam milhares de novos empreendedores. E muitas delas, são de empresas que começaram pequenas, como as indústrias Móveis Henn e Empresas Biasi, que estão localizadas nos ‘pequenos’ municípios de Mondaí e Caibi.

 

As duas empresas apresentam semelhantes particularidades: familiares, levam em sua nomenclatura o sobrenome do patriarca e começaram pelo ramo madeireiro.

 


Bruno Henn, destaca que a trajetória da empresa começou ainda com o pai - Foto: Aline Reinheimer


Móveis Henn

A empresa Móveis Henn, foi fundada em Mondaí, em 1992, por quatro irmãos no ramo de marcenaria e hoje conta com uma fábrica de 70 mil metros quadrados de área construída, que comercializa móveis em série para todo o Brasil e países de quatro continentes.

 

O diretor da empresa, Bruno Henn, destaca que essa trajetória começou ainda com o pai. No início, a família enfrentou diversas situações delicadas, que colocaram em risco os negócios, mas o crescimento planejado foi constante. “Precisávamos buscar uma alternativa de negócio, mas imaginava-se uma indústria pequena e limitada. Aliás, nunca projetamos ser grande e crescemos de uma forma natural”, recorda.

 

Para o diretor toda a atividade planejada tem probabilidade de conquistas maiores do que ‘algo simplesmente feito por fazer’. Foi assim, que a empresa passou de, 27 colaboradores em sua fundação, para mais de 1000 empregos diretos, em 2023.

 


Sócio fundador das empresas Biasi, Ledovilho Biasi - foto: Aline Reinheimer


Empresas Biasi

O relógio desperta 06h30 e o empresário Ledovilho Biasi já está a caminho de uma de suas empresas localizadas em Caibi. Ao mesmo horário em que, milhares de caminhoneiros do país, já estão na estrada, rodando com um dos produtos das empresas Biasi Tanques, que hoje, percorrem diversos estados do Brasil.

 

Ledovilho fundou as Empresas Biasi com o propósito de manter a maior herança deixada por seu pai: o sobrenome. Ele conta que a paixão surgiu na infância, ainda quando seu pai trabalhava como carpinteiro e o empresário passou a se dedicar mais pela profissão.

 

Atualmente, as Empresas Biasi trabalham no segmento de construção civil, no ramo de transportes e fábrica de tanques e carretas, além de inspeção veicular. A expansão dos negócios, também levou a ampliação das estruturas, hoje instaladas em Caibi e Palmitos.

 

O empresário frisa que, toda a empresa passa por situações delicadas, mas que assumir as rédeas é essencial para manter qualquer negócio ativo. “Eu nunca fui de perder tempo com os percalços, sempre fui de ver em cada problema uma solução. E isso sempre deu certo”, frisa.

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